.jpg?s3=1)
No início da noite de ontem, os professores da rede estadual de ensino, em greve há 73 dias, transferiram o acampamento montado em frente à Secretaria Estadual de Educação (Seduc), no Bairro do Monte Castelo, para a porta do Palácio dos Leões. A mudança aconteceu após uma passeata, em adesão ao movimento ocorrido em todo o Brasil, em defesa do piso salarial nacional, no valor de R$ 1.187, aprovado em 2008.
Centenas de educadores se reuniram às 16h, na Praça da Igreja do São Francisco, e seguiram até o Palácio dos Leões, onde protestaram por melhorias no ambiente do trabalho e valorização dos profissionais. “O Supremo Tribunal Federal considerou constitucional o piso salarial nacional dos professores, só queremos a garantia dos nossos direitos”, disse Júlio Guterres, secretário de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma). Greve – Há 73 dias mobilizados, segundo Júlio Guterres, os professores agora querem somente o estabelecimento de prazos e datas para as propostas apresentadas pelo governo do Estado. Na manhã de ontem, os professores realizaram um protesto em frente ao Multicenter Sebrae, quando a governadora Roseana Sarney foi lançar o plano nacional de qualificação. “Com a manifestação, conseguimos nos reunir durante a tarde com o vice-governador Washington Luiz. No encontro, reafirmamos a necessidade do governo estabelecer datas para o cumprimento das propostas apresentadas”, contou Júlio Pinheiro, presidente do Sinproesemma. Os educadores querem data para o cumprimento do piso salarial, encaminhamento do estatuto do educador, retirada da multa do sindicato (deve está em cerca de R$ 3 milhões), a garantia dos educadores em duas escolas de origem e a reposição imediata dos pontos cortados em folha suplementar. O vice-governador ficou de examinar as reivindicações. Júlio Pinheiro afirmou que o Sinproesemma aguarda a resposta e está à disposição para negociar com o governo. Governo repudia manifestação dos professores no Multicenter O governo do Estado defende que a manifestação pacífica é um direito de todo trabalhador, porém, perde toda a legitimidade quando os manifestantes promovem uma ação descabida e desrespeitosa, como a realizada por alguns membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma), na manhã desta quarta-feira (11). É do conhecimento de toda a sociedade maranhense que o Sindicato mantém a greve na rede de ensino estadual de forma intransigente, pois o governo já sentou à mesa de negociação com a entidade mesmo a greve tendo sido decretada ilegal pela Justiça. O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), busca sempre a negociação transparente com o Sinproesemma, apresentando propostas para pôr fim à greve. O governo comprometeu-se a encaminhar ao Tribunal de Justiça do Maranhão a desistência da ação judicial (desde que não exista decisão do pleno do Supremo Tribunal Federal), extinguindo, assim, a obrigatoriedade do pagamento da multa pelos dias parados. Também assegurou que fará a reposição dos salários descontados em folha, à medida que forem sendo repostas as aulas que não foram ministradas nesse período. Diante disso, o governo do Maranhão repudia incidentes em que ocorram excessos lamentáveis na postura de manifestantes que desrespeitam o estado democrático de direito.
