Talibã diz que ataque foi vingança por morte Bin Laden

Talibã diz que ataque foi vingança por morte Bin Laden

 O Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP, na sigla em urdu) reivindicou o duplo atentado suicida contra uma academia de forças de segurança no norte do Paquistão que matou pelo menos 88 pessoas nesta sexta-feira (13/05), informou a emissora local Dunya


"É uma vingança pela morte de Osama bin Laden", garantiu à emissora um porta-voz do TTP, identificado como Ehsanulá Ehsan, que ameaçou dar sequência aos "ataques contra as forças de segurança". 

Anteriormente, insurgentes islamitas, ligados à Al-Qaeda e autores de uma campanha de atentados violentos no Paquistão, já haviam ameaçado executar represálias contra Islamabad e as forças de segurança do país, acusadas de cumplicidade no ataque de um comando americano que matou Bin Laden há 11 dias no norte do país. 



Segundo a polícia local, um homem que estava em uma motocicleta detonou a bomba que transportava próximo ao guarda de fronteiras em um guarda de fronteiras. De acordo com uma fonte policial citada pela agência de notícias Efe, o atentado aconteceu no momento em que os cadetes, já sem uniforme militar, pretendiam subir nos ônibus que os levariam para casa para dez dias de férias. 

 

Mais tarde, quando os policiais e as equipes de emergência atendiam os feridos, outro homem-bomba, também em uma moto, provocou uma nova explosão. Ao todo, 79 recrutas e nove civis morreram. Entre os 105 feridos, 25 estão em estado grave. 
Entre os 105 feridos, 25 estão em estado grave, segundo estas fontes. Este foi o ataque mais violento do ano no Paquistão. 

Em entrevista por telefone a agência de notícias AFP, o porta-voz do TTP, Ehsanullah Ehsan, disse que este é apenas a primeira ação "para vingar o martírio de Osama". "Esperem grandes ataques no Paquistão e no Afeganistão", ameaçou. 

O TTP, que jurou lealdade à Al-Qaeda em 2007, é o principal responsável pelos mais de 450 atentados que mataram mais de 4.300 pessoas em todo o país em quase quatro anos. No mesmo ano, decretou a jihad ("guerra santa") contra Islamabad por seu apoio a Washington na "guerra contra o terrorismo".